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terça-feira, 25 de março de 2014

Exercícios de gramática


Não esqueçam que existem mais exercícios neste blogue e estão todos inseridos na etiqueta funcionamento da língua.

A- Delimita e classifica as orações:

1-Se compararmos a superfície de Portugal com a dos outros Estados da Europa, verificaremos que Portugal ocupa a 23ª posição numa lista de 53 países. ( subordinada adv. condicional; subordinante; sub. substantiva completiva)
2- Telefonei-te para pedir ajuda. ( subordinante; subordinada adv. final)
3- Pediram-me para publicar estes exercícios. ( subordinante; subordinada subst. completiva)
4- Perguntaram-nos se tínhamos feito o trabalho. ( subordinante; subordinad subst. completiva)
5- Fiz a pergunta a quem quis. ( subordinante; subordinada subst. relativa s/ antecedente)
6- O sítio onde estamos é bonito. ( subordinante; subordinada adj. relativa restritiva)
7- Comi, todavia não gostei do prato. ( subordinante, coordenada adversativa)
8- Como não gostei, não comi tudo. ( subordinada adv. causal; subordinante)
9- O meu irmão é tão alto como tu. ( subordinante; subordinada adv. comparativa)
10- Fico em casa, pois estou cansado. ( subordinante; coordenada explicativa)
11- Dormi bem, espero pois ter um dia dinâmico. ( subordinante; coordenada conclusiva)

 B- Identifica os processos de formação que deram origem às seguintes palavras destacadas na frase.

1- Compreendi totalmente o que disse.   (derivada sufixação)
2-  Depois do 25 de Abril, este país foi governado pelo FMI. ( sigla)
3- Tirou um mestrado em biofísica. ( composição morfológica)
4- Ele deixou-se enfeitiçar por ela. ( parasíntese)
5- Assistimos à troca de prisioneiros. ( derivação imprópria ou conversão)
6- Antes da existência dos  telemóveis, comprávamos sempre um cartão credifone para telefonar para casa. ( amálgama)
7- Em Lisboa, ando sempre de metro. ( truncação)

C- Identifica a classe e subclasse das palavras da frase.

1- Percebo perfeitamente que não tenhas nenhum livro aqui nesta casa, exceto um.

D- Identifica a função sintática presente na expressão destacada.

1- Ela chora, pobrezinha, achando-se infeliz.   (mod. apositivo)
2- O som da tua voz permanece no ar. ( predicativo do sujeito)
3- O som da tua voz  mora aqui.( compl. oblíquo)
4- O som da tua voz habita o espaço. ( complemento direto)
5- A Joana pediu à Fernanda que lhe enviasse uma mensagem. (compl. direto)
6- Atualmente, os pobres não têm dinheiro para comer. ( modificador)
7- Amai pai e mãe. ( compl. direto)
8- Traz-lhe os livros de português, amanhã, sem falta. ( compl. indireto)
9- Eles levam-nos a Lisboa. ( compl. direto)
10- Trá-lo amanhã, sem falta. ( compl. direto)
11- A ideia de que os sábios nunca se enganam não está correta. ( completo do nome)

E- Identifica os atos ilocutórios.

1- Estudei muito. ( assertivo)
2- Empresto-te o livro para a semana.( compromissivo)
3- Não me apetece nada fazer este teste! ( expressivo)
4- O teste já não se faz ( diz a professora). ( declarativo assertivo )
5- Estuda e logo verás se aumentas a nota. ( diretivo)

F- Identifica os mecanismos de coesão presentes nas frases.

1- Ao senhor Joaquim foi-lhe dito que viesse mais cedo. Ele achou que estavam a gozar com ele.
2- Primeiro, decidiu ir lanchar. Por isso, fez uma sandes de fiambre, embora só tivesse meia fatia.
3- Leu o poema, esse texto de palavras sábias que o soneto ia revelando pouco a pouco.


1- referencial
2- interfrásica
3- lexical

domingo, 9 de março de 2014

O dos Castelos- Análise

– O poema está construído com base numa personificação da Europa, como se se tratasse de um corpo humano.
– A descrição vai-se desenvolvendo do geral para o particular. O sujeito poético refere, logo no início do poema, o tema gerador da descrição – «A Europa» – e apresenta os dois traços definidores: «jaz, posta nos cotovelos» e «fitando». Constate-se que o cotovelo esquerdo se refere à Itália e o direito à Inglaterra (ou sobre elas assentes) países que se sabe serem a base das raízes culturais europeias.
Estes dois traços, jazer e fitar, serão desenvolvidos nas segunda, terceira e quarta estrofes.
– De referir a importância simbólica do olhar e do rosto: enquanto o primeiro tem, por vezes, um poder mágico e misterioso, o segundo encontra-se relacionado com um tipo de linguagem silenciosa.
– O poema assenta em duas imagens contraditórias: uma imagem de lassidão, de dormência transmitida pelo verbo jazer e uma outra de expectância, de movimento, de captação e de compreensão traduzida pelo verbo fitar. Estas duas imagens simbolizam a conjugação do passado com o presente e com o futuro, denunciando a importância de Portugal na construção desse futuro: O Ocidente, futuro do passado.
O olhar é, de resto, o único elemento que parece ter ainda alguma força, perante uma Europa cansada (este cansaço é visível pela posição adoptada). O olhar encontra-se no rosto = Portugal.
– A importância de Portugal, rosto da Europa e, portanto, a face visível de tudo o que ela representa, é posta em relevo pelo final do poema. A organização descritiva inicial do poema, de maior fôlego, vai-se condensando para se apoiar, na parte final, no rosto e no olhar.
– Para Pessoa, Portugal é o ponto extremo ocidental da Europa, é o rosto da Europa que fita o mar ocidental, o seu destino e o seu futuro.
Qual, então, a missão de Portugal? No segundo verso, embora referida indirectamente, é a de ligar o Oriente ao Ocidente, não apenas física mas espiritualmente. Segundo Pessoa, no texto publicado na revista A Águia, trata-se da procura de uma Índia nova.
Neste poema é evidente a crença de Pessoa de que Portugal possui todas as condições (geográficas e experienciais) para partir à descoberta de uma nova Índia, que estará na base do chamado V Império. É o rosto da Europa, o seu cérebro, logo o único país capaz de tal empresa.

Síntese

Plano do Poeta

Considerações e opiniões do autor, expressões nomeadamente no inicio e no fim dos cantos.

Destacam-se os momentos em que o poeta:

Refere aquilo que o homem tem de enfrentar: “os grandes e gravíssimos perigos”, a tormenta e o dano no mar, a guerra e o engano em terra (Canto I, est. 105-106);

Põe em destaque a importância das letras e lamenta que os portugueses nem sempre saibam aliar a força e a coragem ao saber e à eloquência (Canto V, est. 92-100);

Realça o valor das honras e da glória alcançadas por mérito (Canto VI, est. 95-96);

Faz a apologia da expansão territorial por espalhar a fé cristã. Critica os povos que não seguem o exemplo do povo português que, com atrevimento, chegou a todos os cantos do mundo (Canto VII, est. 2-14);

Lamenta a importância atribuída ao dinheiro, fonte de corrupções e de traições (Canto VIII, est. 96-99);

Explica o significado da Ilha dos Amores (Canto IX, est. 89-92);

Dirige-se a todos aqueles que pretendem atingir a imortalidade, dizendo-lhes que a cobiça, a ambição e a tirania são honras que não dão verdadeiro valor ao homem (Canto IX, est. 93-95);

Confessa estar cansado de “cantar a gente surda e endurecida” que não reconhecia nem incentivava as suas qualidades artísticas que reafirma nos seus últimos 4 versos da estrofe 154 do Canto X, ao referir-se ao seu “honesto estudo”, à “longa experiência” e no “engenho”, “causas que raramente”. Reforça a apologia das letras (Canto V, est. 92-100);

Manifesta o seu patriotismo e exorta D. Sebastião a dar continuidade à obra grandiosa do povo português (Canto X, est. 145-156).