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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Revista Orpheu



Os únicos dois números de Orpheu - Revista Trimestral de Literatura, lançados em Março e Junho de 1915, marcaram a introdução do modernismo em Portugal. Tratava-se de uma revista onde Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros e Fernando Pessoa, entre outros intelectuais de menor vulto, subordinados às novas formas e aos novos temas, publicaram os seus primeiros poemas de intervenção na contestação da velha ordem literária; o primeiro número provocou o escândalo e a troça dos críticos, conforme era desejo dos autores; o segundo número, que já incluiu também pinturas futuristas de Santa-Rita Pintor, suscitou as mesmas reações. Perante o insucesso financeiro, a revista teve de fechar portas, pois quem custeava as publicações era o pai de Mário de Sá Carneiro e este cometeu suicídio em 1916. No entanto, não se desfez o movimento organizado em torno da publicação. Pelo contrário, reforçou-se com a adesão de novos criadores e passou a desenvolver intensa actividade na denúncia inconformista da crise de consciência intelectual disfarçada pela mediocridade académica e provinciana da produção literária instalada na cultura portuguesa desde o fim da geração de 70, de que Júlio Dantas (alvo do Manifesto Anti-Dantas, de Almada) constituía um bom exemplo.

A Geração d'Orpheu

A 'Geração de Orpheu foi o grupo responsável pela introdução do Modernismo nas artes e letras portuguesas. O nome advém da revista literária Orpheu, publicada em Lisboa no ano de 1915.
Seguindo as vanguardas europeias do início do século XX, nomeadamente o Futurismo, os colaboradores da revista Orpheu propuseram-se, a "dar uma bofetada no gosto público". Apesar disto, mantiveram influências de movimentos anteriores, tal como o Simbolismo e o Impressionismo.

Poetas como Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros, e pintores como Amadeo de Souza-Cardoso e Santa Rita Pintor reuniram-se em torno duma revista de arte e literatura cuja principal função era agitar as águas.









Decadentismo e Simbolismo

  • DECADENTISMO

Esta palavra designa uma corrente literária que se manifesta principalmente depois de 1880 e se prolonga, em Portugal, até à década de 1920. Liga-se ao cansaço duma civilização que se julga estar no ocaso, ao tédio, à busca de sensações novas, mais intensas, fruídas no extravagante, no mórbido, nos requintes da forma. Trata-se, pois, dum esteticismo que tem estreitas relações com o simbolismo e o impressionismo, produtos da mesma atmosfera sociocultural.



  • SIMBOLISMO

Foi um movimento artístico e literário que surgiu em França na década de 80 do século XIX.
Constituindo uma reação contra o materialismo e mecanização da civilização industrial, esta corrente rejeitava simultaneamente o Realismo, o Romantismo e o Impressionismo, acreditando que a arte deveria exprimir ideias a partir de uma conceção simbolista das formas e da cor.

Manifesto Anti-Dantas dito por Mário Viegas