Os únicos dois números de Orpheu - Revista Trimestral de
Literatura, lançados em Março e Junho de 1915, marcaram a introdução do
modernismo em Portugal. Tratava-se de uma revista onde Mário de Sá-Carneiro,
Almada Negreiros e Fernando Pessoa, entre outros intelectuais de menor vulto,
subordinados às novas formas e aos novos temas, publicaram os seus primeiros
poemas de intervenção na contestação da velha ordem literária; o primeiro
número provocou o escândalo e a troça dos críticos, conforme era desejo dos autores;
o segundo número, que já incluiu também pinturas futuristas de Santa-Rita
Pintor, suscitou as mesmas reações. Perante o insucesso financeiro, a revista
teve de fechar portas, pois quem custeava as publicações era o pai de Mário de
Sá Carneiro e este cometeu suicídio em 1916. No entanto, não se desfez o
movimento organizado em torno da publicação. Pelo contrário, reforçou-se com a
adesão de novos criadores e passou a desenvolver intensa actividade na denúncia
inconformista da crise de consciência intelectual disfarçada pela mediocridade
académica e provinciana da produção literária instalada na cultura portuguesa
desde o fim da geração de 70, de que Júlio Dantas (alvo do Manifesto
Anti-Dantas, de Almada) constituía um bom exemplo.
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segunda-feira, 28 de setembro de 2015
A Geração d'Orpheu
A 'Geração de Orpheu foi o grupo responsável pela introdução do Modernismo nas artes e letras portuguesas. O nome advém da revista literária Orpheu, publicada em Lisboa no ano de 1915.
Seguindo as vanguardas europeias do início do século XX, nomeadamente o Futurismo, os colaboradores da revista Orpheu propuseram-se, a "dar uma bofetada no gosto público". Apesar disto, mantiveram influências de movimentos anteriores, tal como o Simbolismo e o Impressionismo.
Poetas como Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros, e pintores como Amadeo de Souza-Cardoso e Santa Rita Pintor reuniram-se em torno duma revista de arte e literatura cuja principal função era agitar as águas.
Seguindo as vanguardas europeias do início do século XX, nomeadamente o Futurismo, os colaboradores da revista Orpheu propuseram-se, a "dar uma bofetada no gosto público". Apesar disto, mantiveram influências de movimentos anteriores, tal como o Simbolismo e o Impressionismo.
Poetas como Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros, e pintores como Amadeo de Souza-Cardoso e Santa Rita Pintor reuniram-se em torno duma revista de arte e literatura cuja principal função era agitar as águas.
Decadentismo e Simbolismo
- DECADENTISMO
Esta
palavra designa uma corrente literária que se manifesta principalmente depois de
1880 e se prolonga, em Portugal, até à década de 1920. Liga-se ao cansaço duma
civilização que se julga estar no ocaso, ao tédio, à busca de sensações novas,
mais intensas, fruídas no extravagante, no mórbido, nos requintes da forma.
Trata-se, pois, dum esteticismo que tem estreitas relações com o simbolismo e o
impressionismo, produtos da mesma atmosfera sociocultural.
- SIMBOLISMO
Foi
um movimento artístico e literário que surgiu em França na década de 80 do
século XIX.
Constituindo
uma reação contra o materialismo e mecanização da civilização industrial, esta
corrente rejeitava simultaneamente o Realismo, o Romantismo e o Impressionismo,
acreditando que a arte deveria exprimir ideias a partir de uma conceção
simbolista das formas e da cor.
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