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domingo, 23 de abril de 2017

Felizmente Há Luar!


O tempo da escrita e o tempo da ação

Em Felizmente há Luar!  a obra dever ser lida em função de dois tempos diferentes, com significados próprios, mas que se entrecruzam:

A- O tempo da escrita – a peça foi escrita – 1961, em, plena ditadura salazarista do “Estado Novo”;

B – O tempo da ação –1817:  período após as invasões francesas, com o rei D. João VI ainda ausente no Brasil e Portugal a ser governado por uma Junta de Governadores (Regência).


Gomes Freire de Andrade


Personagem central, sem nunca aparecer

Homem instruído, militar honesto, ex-combatente nos exércitos napoleónicos, sem nunca ter combatido contra Portugal.

Símbolo da modernidade e do progresso

Adepto das novas ideias liberais

Símbolo da luta pela liberdade



Matilde
Mulher de carácter forte
Corajosa
Denunciadora da hipocrisia do Estado e da Igreja
Símbolo da mulher que ama e sofre.

Sousa Falcão

Amigo inseparável do general Gomes Freire de Andrade
Representa a impotência perante os governadores
Dominado pelo desânimo
Assume a sua cobardia perante o exemplo de Gomes Freire.

Manuel e Rita

Representantes do povo oprimido e esmagado
Símbolos da consciência popular
Impotentes para alterar a situação
Símbolos do desespero, da desilusão, da frustração

Vicente
Elemento do povo
Traidor da sua classe – renega as suas origens
Representa a hipocrisia e o oportunismo
Materialista – pretende uma ascensão social rápida

Andrade Corvo e Morais Sarmento


Representam:
Cobardia
Traição
Subserviência
Vilania

D. Miguel Forjaz

Nobreza orgulhosa
Prepotência
Corrupção
Absolutismo
Principal Sousa

O poder da Igreja
ódio aos revolucionários
ódio aos franceses
comprometimento da igreja com o poder
conservadorismo da igreja


Beresford

Exército
Superioridade inglesa
Desprezo por Portugal
castigo e denúncia de traidores
sentido prático

   Linguagem


Recursos de estilo

Expressões populares

Provérbios 

Frases sentenciosas


Recursos Estilísticos (exemplos)

Aliteração (pág. 111)                     

Antítese (pág. 91)

Comparação (pág. 28)

Diminutivo (pág. 78

Hipálage (pág. 57)

Hipérbole (pág. 56)

Imagem (pág. 67)

Interjeição (pág. 29)

Paralelismo (pág. 21)

Personificação (pág. 77)

Repetição (pág. 23)

Trocadilho (pág. 88)

Interrogação Retórica (pág.57)

Ironia (pág. 23)

Metáfora (pág. 53)

Onomatopeia (pág. 21)


IMPORTÂNCIA DAS DIDASCÁLIAS

LUZ- diminui de intensidade no final de cada ato

Permite perceber:
-a mudança de cenário;
- a mudança de espaço;
- o destaque das figuras em palco.

SOM- aumenta no final de cada ato

ruídos dos tambores- ameaçador; obriga ao silêncio
sinos a rebate- clima de terror; prisão dos revolucionários
vozes humanas- dramatismo; execução

MOVIMENTAÇÃO CÉNICA

Indicação aos atores
Saída/entrada de personagens
Posição das personagens em cena
Expressão fisionómica dos atores 
Linguagem gestual

CARACTERIZAÇÃO DAS PERSONAGENS

Tom de voz/flexões
Expressão do estado de espírito
Sugestão do aspeto exterior