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segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Temática da Nostalgia da Infância

 Em  Pessoa ortónimo, a infância é entendida como um tempo mítico do bem, da felicidade e da inconsciência. Nela permanecem sempre vivos a família e os lugares, a segurança e o aconchego. A inconsciência de que todo esse bem é irrecuperável, alimenta a nostalgia pela infância, um tempo perdido que serve sobretudo para acentuar a negatividade do presente. Ao mesmo tempo que gostava de ter a infância das crianças que brincam, sente a saudade de uma ternura que lhe passou ao lado. A temática do regresso à infância associa-se igualmente ao tempo e à degradação. Em consequência da brevidade da vida e da passagem dos dias, Pessoa busca múltiplas emoções e abraça sonhos impossíveis, mas acaba “sem alegria nem aspirações”, inquieto, só e ansioso;

 O passado pesa “como a realidade de nada” e o futuro “como a possibilidade de tudo”. O tempo é para Pessoa um factor de desagregação na medida em que tudo é breve e efémero; Procura superar a angústia existencial através da evocação da infância e de saudade desse tempo feliz. A infância representa-se como refúgio para combater a insatisfação com o presente e incapacidade de viver o presente em plenitude.

A nostalgia de um estado inocente em que o eu ainda não se tinha desdobrado em eu reflexivo está representada no símbolo da infância. A infância é a inconsciência, o sonho, a felicidade longínqua, uma idade perdida e remota que possivelmente nunca existiu a não ser como reminiscência. 

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Arte de Santa-Rita Pintor

Santa-Rita Pintor ( clica no nome para aprenderes mais sobre este pintor português)


Cabeça














Cabeça, c. 1910, é uma pintura da autoria do pintor português Guilherme de Santa-Rita (ou Santa-Rita Pintor). É consensualmente considerada uma obra central do modernismo em Portugal.

 Esta obra aproxima-se das máscaras africanas evocadas por Picasso nas Demoiselles d’Avignon, e de outras obras do mesmo autor.

Obra mítica da raríssima produção conhecida de Santa-Rita, nela o pintor exercitou uma unidade plástica que pode conotar-se com os princípios técnicos e estéticos do cubismo analítico, dinamizados por movimentos circulares que encontramos em obras do futurismo italiano.

A pintura pertence à Colecção do Secretaria de Estado da Cultura / Ministério da Cultura de Portugal e encontra-se em depósito no Museu do Chiado, Lisboa.







Arte de Amadeo de Souza Cardoso

 

A casa onde nasceu o pintor mantém-se na sua família conservada quase como nos tempos em que o artista aqui viveu e pintou. De Amarante a Manhufe.








A Cozinha


 A cozinha da casa de Manhufe, aquela que Souza-Cardoso pintou e que se mantém quase igual ao que era em 1913. "É uma cozinha suspensa no tempo".

"Há várias cartas escritas à mulher, Lucie, nesta cozinha",

O quadro pode ser visto no Museu Gulbenkian - Coleção Moderna, Estamos em Manhufe, aldeia da freguesia de Mancelos, em Amarante, entre o Porto e Vila Real.








Outros quadros


Procissão







O Futurismo

 A Vitória de Samotrácia, também conhecida como Nice de Samotrácia, é uma escultura que representa a deusa grega Nice cujos pedaços foram descobertos em 1863 nas ruínas do Santuário dos grandes deuses de Samotrácia.

 Em grego, o seu nome é Níkē tes Samothrakes (Νίκη της Σαμοθράκη). Fazia parte de uma fonte, com a forma de proa de embarcação, em pedra calcária, doada ao santuário provavelmente pela cidade de Rodes. Ocupa lugar de destaque numa escadaria do Museu do Louvre, em Paris.

Produzida por algum escultor desconhecido, provavelmente rodiano, acredita-se que a estátua foi confeccionada entre 220 e 190 a.C.