Semelhanças
· Poemas sobre Portugal.
· Concepção da História Portuguesa enquanto demanda mística.
· D. Sebastião, ser eleito, enviado por Deus ao mundo, para difundir a Fé de Cristo.
· Os heróis concretizam a vontade divina.
· Conceito abstrato de Pátria.
· Apresentação dos heróis da História de forma fragmentária.
· Exaltação épica da acção humana no domínio dos mares.
· Superação dos limites humanos pelos heróis portugueses.
· Superioridade dos navegadores lusos sobre os nautas da Antiguidade.
· Glória marcada pelo sofrimento e lágrimas.
· Sacrifício voluntário em nome de uma causa patriótica.
· Estrutura rigorosamente arquitetada.
· Evocação do passado (memória) para projectar, idealizar o futuro (apelo, incentivo).
Diferenças
- Os elementos estruturantes das obras (forma e conteúdo) são marcados pela diferença de quatro séculos que separam os autores.
Os Lusíadas Mensagem
Dinamismo: a viagem, a aventura, o perigo. Estatismo: o sonho, o indefinido.
A ação, a inteligência, o concreto,
o conhecimento do Império no apogeu e
na decadência, a possibilidade de ter esperança.
O abstrato, a sensibilidade, a utopia, a falta de razões para ter esperança, o sebastianismo
O poeta dirige-se a D. Sebastião, que era uma
realidade viva, e invectiva o rei a realizar novos
feitos que dêem matéria a uma nova epopeia.
D. Sebastião é uma entidade que vive na memória saudosa do poeta, uma sombra, um mito.
A memória e a esperança situam-se no mesmo plano.
A esperança é utopia, só existe no sonho.
Conceção de heroísmo: concretização de
feitos épicos pelos humanos.
Conceção de heroísmo: de carácter mental, conceptual.
Os heróis são símbolos de um olhar visionário, as figuras são espectros, resultado do trabalho do pensamento.
Amor à Pátria: enaltecimento e imortalização
da História de Portugal e dos heróis portugueses,
através de um poema épico, trabalho árduo e longo.
Amor à Pátria: atitude metafísica, procura incessante do que não existe. Expressão de fé no Quinto Império.
Linguagem épica, estilo grandiloquente.
Linguagem épico-lírica, estilo lapidar.
Epopeia clássica pela forma e pelo conteúdo.
Narração da viagem de Vasco da Gama, da luta dos deuses,
da História de Portugal em alternâncias,
discurso encaixado, analepses e prolepses.
Mega-poema constituído por quarenta e quatro poemas breves, agrupados em três partes principais (1ª, 2ª, 3ª, sendo a 1ª e a 3ª subdivididas).
De carácter ocultista, a sua natureza é de índole interpretativa, com reduzida narração.
Assunto: os Portugueses e os feitos concretos cumpridos.
O poeta canta a saga lusa na conquista dos mares.
Assunto: a essência da Pátria e a missão que esta deverá cumprir.
Os heróis agem norteados pela Fé de Cristo,
dando a conhecer novos mundos ao mundo.
A missão de Vasco da Gama foi coroada de êxito,
dela derivou o Império Português do Oriente.
Os heróis, numa atitude contemplativa e enigmática, buscam o infinito: a Índia tecida de sonhos.A missão terrena de Portugal foi cumprida por vontade divina; outra, de índole ocultista, aventura espiritual e cultural, está ainda por cumprir, a hegemonia do Quinto Império.
Epopeia de dimensão humanista-renascentista:
acesso ao conhecimento dos segredos da Natureza
pelo Homem.
Poema épico-lírico-simbólico-mítico, projecto de ideal de fraternidade universal: utopia.
Elogio da loucura, do sonho; evasão do real, valorização do imaginário.
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